terça-feira, 8 de setembro de 2009

Falávamos de?

“Enquanto eu viver continuarei procurando o sentido da vida.” Já vi esta frase em mais lugares do que gostaria. E já tentei conversar com o autor em mais sonhos do que noites bem dormidas. E ainda a encontro na minha musculatura, no meu dia-a-dia.
A verdade é que a vida não tem o menor sentido mesmo. Investimos a maior parte do nosso tempo estudando e no final das contas até que conseguimos alguma coisa. Somos graduados em marketing pessoal, pós-graduados em etiqueta, mestres em bons negócios e doutores em equilíbrio de crises financeiras, mas quando o assunto é felicidade, autênticos analfabetos.
Conseguimos memorizar todos os talheres, mas não sabemos como comer uma coxa de frango com a mão. Fazemos planejamentos estratégicos, mas nos perdemos quando o assunto é idealizar um final de semana divertido com os amigos. Alcançamos posições de status, mas não somos modelos para as crianças mais sedentas de heróis. Apresentamos soluções para a economia mais complexa, mas somos incapazes de lidar com o dia-a-dia que só pede simplicidade.
Somos poliglotas, mas não há quem nos faça entender a língua dos idosos. Vivemos no exterior, mas mal conhecemos o nosso interior, não sabemos rir das nossas viagens. Nos entregamos para toda a informação do mundo, mas somos indiferentes aos fatos familiares. Especialistas em leitura dinâmica, mas leigos nos sinais do amor. Encontramos alternativas para o sucesso, mas não evitamos o fracasso de uma vida mal vivida.
Temos artifícios para sermos considerados super inteligentes, mas nenhum para sermos considerados sábios.
E quer saber? A vida não tem o menor sentido mesmo. E já como não há tempo de voltar e já como ciclo não há de parar “desce um suco de laranja e uma porção meia arrependimento e meia esquecimento.” Do que falávamos, mesmo?
Por Natália Oliveira

10 comentários:

Wallet disse...

cool!

Natália Oliveira disse...

Thank's!

sblogonoff café disse...

Falávamos de quebra-cabeças,não?!

sblogonoff café disse...

É engraçado né, a gente propaga que o amor livre é lindo,mas morre de medodas DSts. A gente idescobre novas receitas culinárias de várias culturas pra depois se matar numa dieta. A gente reinventa a roda pra ter uma vida quadrada, enquadrada e um "remoto controle" sobre o mundo. Viver é tudo, menos exato.
Exato mesmo, só o suco de laranja da Quinta da Mata. O melhor de todos!!!Rs!
Talvez a gente tome algum dia.
Sopro de Eves!

Pensamento aqui é Documento disse...

De quebra-cabeça?

Já tentei montar o de 1.000 peças mas nunca consegui.

=/

-

E morre de gula, pq. sobra carência. Viver é tudo, menos conteúdo para bons manuais!

Eu quero este suco, rs.

Beijos

A Madrasta Má disse...

É nostálgico refletir sobre isso né? mas é a verdade e concordo com o seu pensamento... bem fez meu amigo que foi pra Austrália viver de natureza, acredita? Bjinhos da Madrasta!

A Madrasta Má disse...

Hahaha esqueci de falar... seu som tava alto... vc viu o impacto? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bjinhos da Madrasta!

Pensamento aqui é Documento disse...

Que delícia! Se tivesse me falado antes, arranjava um espacinho na mala dele, rs. Mas como diz, sabiamente, a Mi "viver é tudo, menos exato." É por ai, mesmo.

Oloko, bota potência, nisto!

rs

Adorei sua visita e seu blog tmb.

Beiiijos

Daniel Savio disse...

Tem gente que existe, não realmente vive a vida...

Penso que seja este o caso.

Mas o caso é que errar não pode haver medo de errar.

Fique com Deus, menina Natália.
Um abraço.

Natália Oliveira disse...

Tem gente que sobrevive, né, Dany?