É o que eu me pergunto quase todos os dias. Quanto tempo falta para eu conseguir tudo que eu quero? Quanto tempo falta para a felicidade chegar na minha porta, dar um chute na maçaneta e, sem avisar, invadir o meu quarto, confundindo minhas idéias? Quanto tempo falta para eu deixar de ser o que eu não gosto e começar curtir sozinha qualquer domingo à noite sem ter medo da segunda-feira? Quanto tempo falta para eu deixar de culpar as sociedades insanas, que eu ajudei a criar, e começar a viver minha própria história?
Quanto tempo falta para eu criar coragem e me libertar dos meus conceitos que me aprisionam? Quanto tempo falta para eu atravessar esse caminho que me distancia tanto de vocês? Essa distância que colaborei com tijolos de preconceitos inúteis e sem fundamentos, que só crescem ao redor de todos nós. Quanto tempo falta para deixarmos de lado o orgulho e reconhecermos que o mundo é feito de nós e o que funciona aí, pode funcionar aqui?
Que dia está marcado para sermos iguais? Que dia poderemos ser um só? Um só impulso de mudança? Vamos parar de reclamar e se lamentar tanto, quando? Como soltaremos nossas mãos desse imenso imã de amargura que criamos para nos prender, enquanto sonhamos com a tão ilusória liberdade? Por onde vocês andam que não entendem e nem me fazem entender, onde estão todas às suas caras? Se me permitem, me refiro às verdadeiras.
E ai me pergunto, por onde nossos pés deixaram marcas? Algum caminho para a felicidade chegar na sua porta, dar um chute na maçaneta e, sem avisar, invadir o seu quarto, confundindo suas idéias? Não? Como saber quando tá tudo escuro e demora para clarear? A coragem para ligar a luz vem? A dúvida também. Enquanto não passa a gente fica sentado no cantinho e não estende a mão, só o coração que pula e pergunta: Quanto tempo falta?
Por Natália Oliveira
3 comentários:
Ná ..
Muito bom esse textoo...
aamei ..
como todos os seus otros.. ahaha
beijos
Nat, me preciso dizer que me identifico muito com seus textos. Eles me fazem um bem muito grande... Ás vezes me pergunto quem inventou essa história de felicidade... buscamos tanto, tanto que é frustante esperá-la para sempre. Mas como viver sem pensar em ser feliz??
Não sei... prometo continuar buscando esse mito para que minha vida tenha sentido... um dia serei feliz!
Dê!
Obrigada por sempre ler meus tão alucinados pensamentos. Saber que, de alguma maneira, posso ajudá-la me deixa lisonjeada.
Você sempre tão sábia! É verdade, é desgastante mesmo, cansativo, como toda busca incessante por algo que não chega. Mas será que não chega, mesmo? Não sei, viu Dê! Eu confio fielmente na frase que diz que felicidade é um estado de espírito. E se é mesmo, pq a gente busca tanto, né? Não está dentro da gente?
Não sei, talvez falta mudar as lentes dos óculos para ver um mundo diferente. Buscar alternativas, quem sabe?
Ai, ai...rs, viver às vezes é difícil.
Beijos, amo você!
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