Dona Josefa Josefa é dona de uma cor de leite com café e de um paladar um tanto especial. Detesta verduras e legumes, come manga só quando tá com vontade de verdade e não pode sentir o cheiro de macarrão, banana e chocolate. Diz que carne vermelha sempre gostou, até a idade bater na porta e levar isto também.
Vendo-a trabalhar na cozinha, ofereci ajuda duas ou três vezes quando sozinha pegou uma vasilha cheia de frango, o suficiente para trinta pessoas ou mais comerem - dá para imaginar a quantidade - disse que não precisava. Não me deixou também ajudá-la a carregar uma mesa, fez sozinha.
Quem lê pensa que tem um tamanhão, mas eu digo que Josefa é um tico de gente. Baixinha de corpo miúdo e sem muitos nutrientes, né? Ela discorda. “A saúde é Deus que me deu”, quem sou eu para discordar. Com 69 anos ela sorri bonito e me diz que é avó de 22, mãe de 7 e na lanterninha 3 bisnetos.
Trabalha duro e oferece em troca de salário seus dotes culinários e ai de quem chegar tarde para comer almoço frio, ela coloca a mão na cintura, franze a testa e dá a bronca merecida. Quando passa, ri e confessa:“eu sou um poço de chatura”.
A ela.
Por Natália Oliveira
4 comentários:
O tamanho de uma pessoa não está na tua altura fisica, mas sim o tamanho da alma que ela tem...
Fique com Deus, menina Natália Oliveira.
Um abraço.
Beijos para as Donas Josefas
Pra você também.
Linda de viver e tão bem retratada por sua palavras acertadas...
Toda razão, Dan. Toda razão!
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Para todas! =D
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Nem tão acertadas assim, né, Peque?
auhauhahuuhauhahua
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Beeeeijos,
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