Depois de tantas palavras ditas, venho provar das minhas. As letras que me pediram, que esperavam, que me clamavam...neste momento estão cheias no prato que hoje eu preciso me servir. Chegou o momento de mergulhar no oceano de conselhos e me entregar às ondas de incentivo. Chegou a minha hora de se reinventar, de tentar de novo, de pescar. O instante de jogar as redes no mar e por cansar de esperar, aprender a nadar, é agora. É este, é o momento.
Não há canoas ou barcos, neste segundo preciso confiar nos meus braços. Não há faróis, nem sinal de lâmpadas, agora quem dita a luz é o brilho dos meus olhos, do fio dos meus sonhos. O amargo está na boca que grita a força, que tenta convencer o corpo de não parar, de não se deixar levar pelo frio presente na espinha. Eu preciso só parar de pensar, para não ter medo de fraquejar. Só tentar engolir o nó na garganta que não me deixa respirar. Eu só preciso não me entregar, não deixar de provar das minhas palavras. Eu só preciso da certeza. Eu só preciso da presença. Eu só preciso saber que nada é para sempre.
Por Natália Oliveira