Na verdade não. Não dá para dizer que é felicidade genuína, daquelas que a gente tem vontade de gritar e sair para o caminho do abraço, mas é um bem-estar da forma mais literal possível. Um bem-estar de camisola, shorts, cabelos desalinhados, café com leite na xícara e pão com manteiga.
Um bem que nasce da música que toca e que joga meu corpo devagar “prum” lado e pro outro de um jeito suave. Algo como estar bem para dizer coisas sem sentido com um amigo e rir porque o que se fala não tem graça alguma. Tipo de recusar a ver matérias repetidas sobre desgraças repetidas sobre soluções não encontradas.
Apenas sentar de pernas cruzadas e ver as letras pintando o branco da folha e agradecer de peito cheio por um dia ter sido alfabetizada. Coisa de não se importar com o relógio avançado, mesmo sabendo que no outro dia vai ter trabalho. Na verdade não é felicidade genuína, é só um bem estar. Um estar bem. Tudo dosado de agora.
Por Natália Oliveira