Hoje eu não sei de nada. Hoje eu não quero saber de nada. Vou dormir o dia inteiro, vou andar descalça na grama, vou comer na cama, vou ficar de pijama. Hoje não to nem aí. Vou largar tudo, vou deixar o mundo, vou rir a beça, vou virar moleca. Hoje não vou dizer “sim, senhor”, hoje não vou trabalhar com ardor. Hoje eu não vou, posso?
Não tô a fim! Não vou comer marmelada, não vou sai para “gandaia”, não vou para lugar nenhum. Se eu precisar? Não vou. Vou falar que não vou, vou gritar que não gosto, vou torcer o nariz. Sou eterna aprendiz. Vou fazer cara feia, vou parecer uma freira. Não vou! Não Vou! Adianta?
Não sou obrigada a comer marmelada, a fazer mulecada, a saber de nada. Não quero e não vou. Só se precisar. Aí eu vou. Se pedir com jeitinho, se falar com carinho, se me der um beijinho. Aí eu vou. E vou com vontade, porque gosto de roupas leves, de sambas leves e de vestir Levis.
Não tem nada com nada? Eu sei. Eu sou assim! Tim tim por tintim. Quer saber de uma coisa? Eu estou no meu trabalho, ganhando meu salário, ouvindo desagrado. Estressei? Venho aqui, escrevo um monte de bobeira e fico aliviada. O que acha? Marmelada? Não! Goiabada.
"Como posso querer que meus amigos entendam as coisas loucas que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não entendo?" Salvador Dali.
Por Natália Oliveira
2 comentários:
Muito boa a crônica..
Está parabéns natyyy.
adolo vc..
Nooooossa Naty... viajei com você!
Pude imaginar você escrevendo esse texto... na minha mente está seu rostinho feliz dizendo "Posso?"
Parabéns!!
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