quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Retrospectiva

Muita coisa poderia ter sido diferente...
Vários planos ficaram pelo caminho e mais uma vez vou ter que refazê-los, achando espaço entre tantos outros que ficaram para trás. Deu uma preguiça danada, quando não era para dar. E tive disposição para começar e concluir coisas que poderiam, ou melhor, nem deveriam ter acontecido. Cheguei atrasada, perdi oportunidades, desfiz planos, abandonei caminhos por medo e por desleixo. Descobri meu lado chato, intolerante, e briguei feio com ele, até fazer as pazes de novo. Redescobri o prazer do exercício físico e logo entendi que nunca teremos uma boa relação. Ou teremos? Quem sabe.
Aprendi a ter coragem para romper ciclos, para aceitar o doído e para esquecer todas as vantagens de ser forte. Apresentei-me - ou me foi apresentado – à minha parte escura e foi uma das coisas mais bonitas que poderiam ter feito por mim esse ano. Conheci lugares, conheci pessoas, juntei várias gentes numa gente só. Admirei o quadro bonito que faz a singularidade compartilhada, sem podas. Fiz novos amigos, reforcei os laços com os velhos e aprendi que estarão comigo para sempre, se der. Prometi a mim e aos outros uma liberdade próxima e senti o gosto doce da palavras "tentei".

Do mais. Continuo achando que o tempo é curto. E que viver é tão simples que a gente confunde tudo. E que por isso a gente perde tempo demais tentando entender, quando a vantagem de ser gente é sentir.

Por Natália Oliveira

2 comentários:

Vinicius disse...

Oi Natália. Achei muito sábio o que tu fizeste. Tu fizeste uma retrospectiva e ainda o fizeste à escrita. Isso é bom. Dá mais margem para a reflexão, pois tens grafado e vai grafando à medida que escreve os pensamentos e os acontecimentos que de certa forma são importantes para você. Eu acho que esse é um exercício que deveria ser feito todos os dias. Os homens eram mais sábios no passado quando mantinham diários. É de certa forma isso, um ato diário de refletir sobre aquilo que passa.

Bom final de semana.
Abraço

Alvaro Vianna disse...

Bem, Natália, concordo contigo sobre que viver é mais simples do que o que a gente exercita no dia-a-dia. Só acho que o tempo não é curto. Pelo menos não para mim.
Texto bonito, como sempre!

Beijo