É a delícia de saber que a criança foi embora, mas deixou rosas e um lembrete na porta: “quando encontrar pessoas pequenas e espinhos de graça, volta.”
E sem correr, sem buscar a calma em vidro, sem perder tempo com o já perdido, sem estourar os neurônios com pensamentos sem sentido...volto, mudo e re-sigo.
Re-sigo por que as velhinhas que conversam na praça esperam a vida sem olhar no relógio.
Re-sigo porque o menino negrinho olha o vira-lata e enche a boca de riso.
Re-sigo para beber água na bica, direto da fonte, já que, se antes eram poucos, agora não me restam copos para encher com tempestades.
Re-sigo.
Por Natália Oliveira